quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O calendário da CBF para 2011

Calendário da CBF para 2011


A CBF apresentou, nesta terça, o calendário nacional das principais competições de 2011.
Vários fatores chamam atenção. O que mais preocupa, são os estaduais, que duram 4 meses! É a maior data, depois dos BR-A e BR-B.

No estadual, há diversas equipes que não competem no mesmo nível; a pré-temporada, em Janeiro, é muito curta, e acaba que os treinadores são forçados a escalas times mistos ou reservas, fato comum, até meados de Fevereiro, quando inicia a Copa do Brasil.

Outro fato a ser mencionado, é que o BR-11, começará mais tarde (pois o BR só inicia quando o estadual termina) e terminará mais cedo. Neste ano, o BR-10, começou no dia 08/05 com os campeões estaduais, Botafogo e Santos. E terminou em 06/12

Já, o BR-11 começará em 22/05 e terminará em 04/12. O BR-11, terá sua atenção dividida com:
1o. Semestre: finais da Copa do Brasil, finais da Libertadores (se houver brasileiro) e 1 amistoso da seleção
2o. Semestre: Copa América, Copa Sulamericana e 7 amistosos da seleção

A Copa Santander Libertadores, será definida no primeiro semestre, 26/01 até 22/06. E a Sulamericana, terá inícioem 10/08 e terminará em 07/12.
O torcedor pode não perceber, mas, as duas competições continetais, somadas, ocupam 9 dos 12 meses do ano, sobrando apenas os meses de Janeiro (pré-temporada), Julho (Copa América) e Dezembro (última rodada do BR, final da Sulamericana, Mundialito e férias).
Ou seja, o calendário está, praticamente, lotado!

Já foi o tempo de se debater o futuro dos estaduais. O estadual tem que ser "enxugado". Elitizá-lo, sim. Com isso, aumentará o baixo nível técnico e aumentará a presença do torcedor. Todos agradecerão, principalmente, os atletas.


Datas por competição:

Brasileiro A          -   38 datas
Brasileiro B          -   38 datas
Estaduais             -   23 datas
Libertadores        -    20 datas
Seleção               -   19 datas
Brasileiro C         -   16 datas
Brasileiro D         -   16 datas
C.Brasil               -   15 datas
Sulamericana       -   12 datas
C.Feminina          -   10 datas
Mundial               -   04 datas

Abraço.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

UCL: Milan 0 x 2 Ajax


A super quarta começou com um Ajax arrasador! Diante da torcida, Massimiliano Allegri, técnico da equipe do Milan, e seus súditos, assistiram, mais uma vez a equipe adversária praticar um bom futebol.
Ajax foi uma equipe consistente, do início ao fim. No esquema 4-3-3, a equipe Holandesa apertava a saída de bola, obrigando o Milan a sair na base do lançamento, e foi assim até o final. A jogada mais forte era pelas pontas, nas costas dos laterais, Bonera e Antonini. O melhor em campo, De Zeeuw, mereceria o prestígio, mesmo se não guardasse o dele.
O mesmo não aconteceria, nem de perto, com qualquer jogador do Milan, até porque, antes de Prince entrar, a linha de volantes (Ambrosini, Pirlo e Flamini), e Seedorff (que jogava a frente dessa linha), estavam perdidos em campo.
Com a entrada de Prince no Flamini, o meio ganhou em combate e velocidade. Tentou-se de tudo, inverter a pirâmide, mudar quem sai a bola, adiantar a marcação com os volantes, fazer substituições improdutivas, mas mesmo assim, foi desastroso. R. Gaúcho e Robinho, irreconhecíveis, completaram.

FICHA TÉCNICA
MILAN 0 X 2 AJAX

Local
: Estádio San Siro, Milão (Itália)
Data: 08/12/2010, quarta-feira
Horário: 17h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Claus Bo Larsen
Assistentes: Henrik Sonderby e Niels Hoeg
Cartões amarelos: Luis Suárez e Sulejmani (Ajax)
Gols: AJAX: De Zeeuw, aos 12, e Alderweireld, aos 21 minutos do segundo tempo

MILAN: Amelia; Bonera, Thiago Silva, Yepes e Antonini; Flamini (Boateng), Pirlo, Ambrosini (Ibrahimovic)e Seedorf; Robinho (Merkel) e Ronaldinho. Técnico: Massimiliano Allegri

AJAX: Stekelenburg; Van der Wiel, Alderweireld,Vertonghen e Emanuelson; Eriksen, Enoh e De Zeeuw; Suárez, De Jong e Sulejmani. Técnico: Frank de Boer

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Os 11 do BR-10

Conca, o melhor do ano.

Com o fim do BR-10, podemos, enfim, expor o óbvio. Conca predominou em todas as listas dos 11 melhores. Não é por acaso, que o argentino foi o único, jogador de linha, a participar de todos os jogos.
Na linha de zaga, escolhi os destaques Dedé e Rodolfo (a muralha atleticana), que juntos roubaram 219 bolas, receberam 11 amarelos e 1 vermelho. Dedé ainda tem que melhorar muitos fundamentos, porém, é inevitável descartá-lo.
Os laterais, Mariano, com 108 RB*, 8 A** e 3 gols, e Diego Renan, com 68 RB e 2 A, foram os que mais se destacaram, no meu entendimento.
Na frente da zaga, escolhi os incansáveis Henrique, do Cruzeiro, com 87 RB e 4 gols, e Elias, do Corinthians, com 96 RB, 5 A e 7 gols. Os dois, jogam muito! Para mim, ambos têm muita semelhança, porém, Henrique sai mais pela direita, e o Elias pela esquerda.
Em relação aos demais, meias e atacantes, Conca e Montillo, ganham disparados a vaga. Bruno Cesar e Jonas, destaques de Corinthians e Grêmio, completam a lista. O primeiro, com 8 A e 14 gols e o segundo, também com 8 A e 23 gols.

(*)Roubadas de bola
(**) Assistências para gol

A lista:

1 - Jefferson
2 - Mariano
3 - Dedé
4 - Rodolfo
6 - Diego Renan
5 - Henrique
7 - Elias
8 - Bruno Cesar
10 - Montillo
11 - Conca
9 - Jonas

Téc.: Muricy Ramalho


Abraço!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Falta de critério, da Conmebol, prejudica os clubes

Assisti, hoje, ao sorteio para a fase de grupos da Copa Santander Libertadores 2011 (CSL),
e fiquei surpreso como a falta de informação dada aos seguidores, fãs, jornalistas e pessoas
que trabalham no meio, em relação a principal competição do Continente. A Conmebol,
entidade responsável pela competição, não informa, e nem esclarece, o(s) critério(s) adotado(s) para cada vaga.

Quantas vagas diretas, no Brasileiro, serão dadas para CSL? E quantas, serão para "pré-CSL"? Quantos cabeças-de-chave por país, e quais os critérios adotados? Há limite de cabeça-de-chave por país? Quais países, e quantas vagas, eles têm direito? Enfim, uma série de perguntas sem respostas.

O que mais me inconformou, foi o fato do campeão Brasileiro de 2010 e o campeão da Sul-americana, não levarem vaga de cabeça-de-chave (dá para acreditar?). Os nossos representantes são: Santos (por conquistar a Copa da Brasil) e Internacional-RS (atual campeão da CSL). E o campeão Brasileiro?
Em 2007, o Sport havia conquistado a Copa do Brasil, e também, de forma esquisita, não foi sorteado como cabeça-de-chave.
Portanto, falta critério, falta organização, falta respeito para com todos e acima de tudo, falta REGRA.

Já classificados para a CSL 2011:

Bolívar levantando a Taça de campeão da América.

ARGENTINA: Argentinos Juniors (1) e Estudiantes de La Plata
BOLIVIA: Jorge Wilstermann
BRASIL: Internacional, Santos, Fluminense, Corinthians e Cruzeiro
CHILE: Colo Colo
COLOMBIA: Junior
EQUADOR: Emelec e Liga de Quito
PARAGUAI: Guaraní, Cerro Porteño e Libertad
PERÚ: Universidad San Martín e León de Huánuco
URUGUAI: Peñarol (1), Nacional (2) e Liverpool (3)
VENEZUELA: Caracas FC (1), Deportivo Táchira (2) e Deportivo Petare (ex D. Italia) (3)
MÉXICO:
América CF (1), San Luis FC (2) e Jaguares de Chiapas (3).

(Dados pesquisados no site da Conmebol)

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São, ao todo, 3 vagas diretas, para o Brasil (Copa do Brasil, 1o. e 2o. do Campeonato). E mais, duas vagas, que não são diretas (do 3o. e 4o. colocado), para repescagem (pré-CSL). Porém, se algum clube brasileiro, for campeão da Sul-americana (e este ano provou-se que não é difícil), a segunda vaga (a do 4o.colocado) para repescagem será cortada.

Opinião:

Temos no Brasil 3 competições fortes (Brasileiro, Libertadores e Sul-americana). As vagas para a CSL, deverão, sair dessas competições.

O que fazer?:

- Reformular a Copa do Brasil, de acordo com que disputem, apenas, equipes não classificadas para as competições Continentais. Ou seja, disputam a Copa, os clubes que: não estiverem nem na Sul-americana e nem na Libertadores. A Copa do Brasil, daria uma vaga para a Sul-americana. Com isso, surgiria a oportunidade para equipes regionais com pouco prestígio.
- O Campeonato Brasileiro teria mais uma vaga (a que era da Copa do Brasil), formando o G3. O que garantiria as vagas diretamente, com o cabeça-de-chave definido.
- O 4o. colocado garante vaga na repescagem
- E o 5o. colocado, ganha mais uma vaga para a repescagem, caso um clube brasileiro não conquiste a Sul-americana (o que é um absurdo).

Então, o Brasileiro daria as segintes vagas:

Do 1o. ao 3o.  - Vaga para CSL
Do 4o. e   5o.  - Vaga para repescagem da CSL
Do 6o. ao 12o - Vaga para Sul-americana (7 vagas) a oitava sai da Copa do Brasil.
Obs.: Este critério não impede, mas dificulta, que equipes, relativamente fracas (como Santo André, Paulista, Paysandú, Criciúma...) façam aparições nestas competições. Formando, assim, uma elite forte e competente.

Abraço.

domingo, 21 de novembro de 2010

Nada mudou!

Diante do, importante e decisivo, jogo contra o Guarani - SP, concluí que nada mudou, desde a saída de Rogério Lourenço, além da posse de bola.

Não há o que contestar, quando um time não produz um bom futebol, e tem um elenco como o do Flamengo. Jogos cheios de passes errados, jogadores fisicamente preparados e outros não, formação tática falha, cobertura lenta, um time que não chuta a gol, e um ataque que não se entrosa com o meio de campo.

Este ano, o Flamengo não se encontrou. Tanto com Rogério, como com o Silas, Luxemburgo vem repetindo as atuações sem criatividade, sem movimentação, sem uma boa marcação, e com o jogadores posicionados no lugar errado, não rendendo como deveriam.

Durante o ano, o Flamengo usou as formações 4-3-3 e 4-4-2. Sucesso, apenas, com as presenças de V. Love e Adriano. Sem a dupla, o Flamengo não foi o mesmo. Ficou sem fazer gols por um bocado de tempo, e a bola mal chegava ao ataque. E o mais incrível, é que, fora os dois, a equipe é praticamente a mesma. Ou seja, tem que mudar a maneira de jogar, e voltar a querer ficar com a bola.

Rogério adotou, de Andrade, um time que tocava muito bem a bola, e isso o ajudou muito, pois, ordenar o time a ficar com a bola, era sua principal característica.
Silas entrou numa turbulência. Competente, tinha o aval do, até então Diretor Zico, mas não conseguia obter os resultados. Todos os dois caíram. Sem chão, o Flamengo precisava de um ícone para dar aos jogadores a motivação e o rendimento que eles precisavam.
Luxemburgo, por sua vez, vem lutando o ano inteiro para não cair, e não foi diferente na Gávea. Não é por falta de conhecimento na área e nem por desconhecer seus súditos, pois já treinou alguns jogadores do elenco. Mas hoje Luxemburgo não é mais o mesmo. Observei-o durante o jogo contra o Guarani - SP, e o mesmo não prestava atenção no jogo. Luxemburgo não para de gritar com o Assistente n.1, o árbitro e consequentemente com o quarto árbitro. Com isso, não percebe que seu time estava sendo pressionado dentro de casa.
No fundo, no fundo....nada mudou.

Rogério lourenço: 28/04/2010 - 26/08/2010 (120 dias)

Ano  Jogos  Vitórias  Empates  Derrotas  Aproveitamento 
2010   20         7             6             7                45%   

Silas: 01/09/2010 - 02/10/2010 (32 dias)

Ano  Jogos  Vitórias  Empates  Derrotas  Aproveitamento 
2010  10          1           6              3                30%

V. Luxemburgo: 07/10/2010 até 21/11/2010 (44 dias)

Ano  Jogos  Vitórias  Empates  Derrotas  Aproveitamento 
2010   9           3           4              2                52%
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Análise rápida do Flamengo com a bola (4-3-3):

Renato forma uma linha no meio campo com os volantes Maldonado e Willians. E na frente Kleberson, Diogo e D. Maurício flutuam, revezando com as jogadas pelas pontas.

Obs.: Renato fica muito longe da área, Juan (que não tem qualidade alguma) demora muito para apoiar o ataque, e é péssimo na marcação. Kleberson corre muito para se posicionar,
até mesmo para abrir caminho ao L. Moura, e como o time erra muitos passes, as costas dos laterais se tornam o melhor caminho (até porque os dois sobem juntos).
Enfim, o Flamengo demora para chegar no ataque, não gosta da posse de bola, e os atacantes querem decidir em qualquer bola que venha em seus pés.

Análise rápida do Flamengo sem a bola (4-2-2-2):

Diogo e Deivid; Kleberson e Renato; Willians e Maldonado.

Obs.: Os atacantes não marcam a linha de zaga (incluindo os laterais), Kleberson não consegue acompanhar as subidas adversárias.
Os laterais (principalmente o Juan) dependendem muito da cobertura dos volantes. Renato marca muito bem pelo lado esquerdo, mas Juan é muito limitado (e baixo).
Pela média de idade avançada, o time não consegue fazer uma marcação pressão, é lento e joga premeditadamente.

Opinião:
Minha equipe seria (4-2-3-1):
Lomba; L. Moura, Wellinton, R. Angelim e Jorbison; Maldonado e Corrêa; Marquinhos, Renato e D. Maurício; Val Baiano
- A equipe marca a saída de bola com Marquinhos e D. Maurício, nos laterais, e Renato marcando o homem que sai a bola (no caso o Baiano).
- A equipe terá variações táticas.
- Laterais com liberdade: podendo recuar Maldonado ou Corrêa para formar uma linha de três, com os dois zagueiros. Daí o jogador que estará aberto, fechará, puxando a marcação para a subida de um lateral.
- Toque de bola rápido e finalizações de fora da área.


Ficha técnica:

Flamengo: Marcelo Lomba, Léo Moura, Welington, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Willians, Kleberson (Marquinhos) e Renato; Diogo (Petkovic) e Deivid (Diego Maurício)
Técnico: Valderlei Luxemburgo

Guarani: Emerson, Apodi, Aislan, Aílson e Márcio Careca, Maycon, Baiano, Preto (Paulinho) e Diego Barboza (Mário Lúcio) (Pablo); Mazola e Geovane.
Técnico: Vagner Mancini

Gols: Renato, aos 2, Baiano, aos 13, e Diego Maurício, aos 31 do primeiro tempo
Cartões Amarelos: Léo Moura, Juan, Willians, Diego Maurício (Flamengo), Preto e Geovane (Guarani)
Renda: R$ 387.940,00 Público: 34.932 pagantes (39.720 presentes)
Estádio: Engenhão. Data: 20/11/2010
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF) e João Antonio Sousa Paulo Neto (DF)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Covardia contra a arbitragem

Desde que me conheço por gente o futebol brasileiro é precário, em todos os seus segmentos. Seja estrutural, administrativo, tático, técnico ou disciplinar. O futebol brasileiro não caminha, rasteja.
E o mais curioso, é que o que mais evoluiu neste ramo, foi a arbitragem. Prova disso, é que hoje temos escolas de arbitragem, ainda em evolução, porém competentes. Há técnicos e observadores de arbitragem em cada jogo, com o intuito de evoluir individual e coletivamente cada árbitro, e ainda organizam pré-temporadas para estudarem questões técnicas, disciplinares e ocasiões de jogo.
Sem contar a parte teórica nos cursos ministrados pela FERJ, que contém: Regras de jogo, árbitro assistente, súmulas, psicologia voltada para arbitragem, legislação desportiva, nutrição voltada para árbitros, fisioterapia...entre outras disciplinas.
O teste físico é um particularidade, não é à toa que reprova muitos árbitros ano após ano, afinal são 24 tiros de 150m, em 30 segundos cada, com intervalo de 40 segundos entre cada tiro. Para atingirmos esse potencial, que as entidades estipulam, todos temos que treinar rigorosamente, estudar, trabalhar e ainda apitar. Afinal, a arbitragem não tem salário fixo e nem assina carteira, são vidas e profissões paralelas.
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Mas vamos ao que interessa.
Nesta semana fiquei muito chateado com as declarações por parte da imprensa (alguns comentarístas) e dos diretores dos clubes supostamente prejudicados.
A principal discussão desta semana, passou a ser o pênalti no Ronaldo. (isso mostra o quão precário ainda é o futebol neste país)
Se o árbitro erra por não saber aplicar a regra do jogo (técnica ou disciplinar), tudo bem, mas o árbitro ser julgado por aplicar a regra 12, corretamente, isso é um absurdo. Mas o pior é assistir e ouvir pessoas, que nunca entraram em um campo de futebol (como jogador ou árbitro), falarem coisas sem fundamento, porque acham que as decisões deveriam ser dessa ou daquela maneira. Há um jargão no futebol que diz que todo torcedor é técnico de futebol. Agora, além de técnico, é árbitro também. (isso tem que acabar!)
Como explicar toda essa questão que envolve os árbitros? – Isso é fácil.
Vamos começar indo para a Europa, onde se tem um padrão de arbitragem, justamente por ter um padrão tático e físico (ou seja, um maneira de se jogar futebol). Lá o futebol é rigorosamente tático, fácil de observar, acompanhar e interpretar. Os jogadores pouco contestam, pois há um nível de disciplina muito elevado em todos os sentidos, dentro e fora de campo (jogadores e comissão técnica) e também fisicamente os jogadores são muito semelhantes, pois é uma característica do Continente.
Já no Brasil, os jogadores têm estruturas físicas muito diversificadas, pouca técnica e muita malandragem (isso já dificulta muito o trabalho). Os clubes são quase todos amadores em suas gestões, e os técnicos são pouco preparados para comandar uma equipe, e principalmente, passar a ela disciplina (que é o básico).
Como disse acima, os árbitros são muito bem preparados, não há dúvida. Mas, neste país, há 27 estados, onde em cada estado se tem uma maneira de praticar o futebol (técnica, tática e disciplinarmente falando), e a interpretação passa a ser crucial. A regra é a mesma, mas a maneira de se apitar “é diferente”.
Observem o nível do futebol, nos estaduais, que vocês chegarão a esta conclusão. Os estaduais têm pouca, ou, quase nenhuma visibilidade em proporções nacionais, e o nível técnico das equipes é muito fraco, portanto chutão e correria, é algo comum. As equipes técnicas, que não passam disciplina e respeito algum aos seus jogadores e torcida, reclamam de tudo, querem todas as faltas, e os jogadores dentro de campo absorvem aquele clima e ficam cada vez mais nervosos. Ou seja, zero disciplina e zero técnica (zero profissionalismo).
Por isso, tradicionalmente os árbitros do sul do país têm um maior destaque no hall de árbitros que chegam a FIFA, em relação aos árbitros de outras regiões. Por conta do jogo ser mais pegado (que é tradição na região), o árbitro deixa o jogo correr. Mas aí é que mora o problema. Falta de padrão na arbitragem. Teremos bons árbitros para Copa, mas nunca teremos bons árbitros para o nosso, diversificado, Campeonato Brasileiro. Onde em cada estado se joga o futebol de uma maneira, e todos, interpretam de maneira diferente o mesmo lance.

Abraço.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Desmanche à vista!



Dorival externou ao país o porquê Diego Macedo, Fernandinho, Alê, Jairo Campos, Mendez, Ricardo Bueno... entre outros, são reservas. Podem dizer que falta ritmo de jogo, entrosamento... blá, blá, blá. Mas ao que falta a esse time, que treina como reserva em seus coletivos é: técnica e saber jogar sem a bola.

O Atlético-MG ofereceu, pela falta de um bom elenco, uma equipe formada com 3-4-1-2. Sinal de que jogaria nos contra-ataques. Com a velocidade de Neto Berola e Ricardo Bueno, ambos encaixaram apenas dois, um com Neto e outro com Fabiano.

Esbarrando na forte marcação da equipe alviverde (que foi falha por 6 minutos em que teve um a menos devido à contusão de Valdívia), o Atlético encontrava apenas uma brecha, as costas de Marcos Assunção. Foi por ela que a equipe alvinegra chegou com perigo por três vezes, duas no primeiro tempo e uma no segundo, após uma tabela e a mau conclusão de R. Bueno. O Atlético fez pouco, menos ainda fizeram os substitutos.

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Opinião:
Dorival facilitou muito a equipe do Palmeiras. Primeiro por não ter entrado com a melhor equipe, e segundo por não conseguir fazer dessa equipe uma boa equipe. Armou um time muito centralizado e recuado, facilitando a marcação do adversário.
Um bom esquema seria o 4-2-3-1. Bem aberto, obrigaria os volantes Edinho e M. Assunção a marcarem, dificultando a subida deles. Ficaria: Renan Ribeiro; Diego Macedo, Cáceres, Lima e Fernandinho; Serginho e Alê; Neto Berola, Fabiano e Mendez; R. Bueno.
 Jogando em velocidade pelas pontas com Neto de um lado e Mendez do outro (ambos marcando as subidas de Luan e Gabriel, de um lado, e M. Araújo e Tinga do outro), e Fabiano no centro (dando combate). Nas contas dele, dois volantes, Serginho e Alê (revesando na marcação de Lincon e do homem surpresa, que por ora era M Assunção).

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Contra uma equipe fraca, o Palmeiras entrou no 4-2-3-1, e jogou para o gasto. Destaque para Luan, que marcou muito bem as subidas de Diego Macedo e apoiou muito bem o ataque, tendo várias oportunidades pelas costas do lateral atleticano e na fraca marcação de Jairo Campos.

Ficha técnica:

Deola, Márcio Araújo, Maurício Ramos, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Marcos Assunção, Tinga e Valdivia (Lincoln (Dinei)); Kleber e Luan (Pierre)
Renan Ribeiro; Lima, Cáceres e Jairo Campos; Diego Macedo (Nicão), Alê (Serginho), Fabiano (Diego Tardelli), Méndez e Fernandinho; Neto Berola e Ricardo Bueno
Técnico Luiz Felipe Scolari
Técnico: Dorival Júnior
Gols: Marcos Assunção, aos 26 minutos do primeiro tempo, e Luan, aos 33 minutos do segundo tempo
Cartões Amarelos: Luan, Gabriel Silva, Tinga (Palmeiras); Neto Berola, Jairo Campos (Atlético-MG).
Público: 35.054 pagantes. Renda: R$ 762.160,00
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 10/11/2010.
Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa-RS).
Auxiliares: Altemir Haussmann (Fifa-RS) e Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ)